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A neuroarquitetura é um campo de estudo que estuda como os ambientes físicos afetam nosso bem-estar, comportamento e saúde. Ela abrange desde o design de interiores até o planejamento urbano, considerando como os espaços podem ser construídos ou refeitos para promover o máximo de conforto e qualidade de vida para seus usuários.

Quando pensamos na cidade como nossa casa, percebemos que tudo nela nos impacta, mesmo quando estamos em ambientes fechados. Questões como a iluminação, os sons e até mesmo o formato das calçadas afetam nosso inconsciente. Por exemplo, o excesso de barulhos e estímulos visuais pode contribuir para o estresse, mesmo que nos acostumemos a eles. 

Entenda, a seguir, mais sobre a neuroarquitetura.

O que é a neuroarquitetura?

A neuroarquitetura não se limita apenas à neurociência. Ela engloba diversas áreas do conhecimento, como medicina, antropologia e psicologia. Além disso, considera o sistema endócrino e como a luz do ambiente influencia nossos hormônios. 

Em resumo, não analisa apenas o impacto no sistema nervoso, mas também como afeta nosso comportamento e interação com o ambiente.

Sob esse “guarda-chuva”, a neuroarquitetura estuda a iluminação, a organização espacial (que pode nos fazer sentir seguros ou perdidos), o efeito da natureza em nossas vidas e até mesmo como cheiros e texturas afetam nossa saúde. Ela avalia se um ambiente promove convívio social ou isolamento, e se aumenta ou diminui nossa sensação de pertencimento. Assim, a neuroarquitetura busca criar espaços que beneficiem nossa mente, corpo e bem-estar geral. 

Sob a perspectiva da arquitetura que preza o bem-estar: quais são os problemas das cidades?

As cidades desempenham um papel significativo em nossa experiência diária, afetando tanto nossa sensação de segurança quanto nosso bem-estar mental. Mesmo quando estamos dentro de nossas casas, a cidade nos envolve: sentimos seus cheiros, ouvimos seus sons e, ao abrir a janela, nos deparamos com sua vista. 

A sensação de segurança é fundamental, não apenas em relação a assaltos, mas também ao simples ato de caminhar pelas calçadas.

Em cidades que priorizam o transporte de carro, as calçadas muitas vezes geram insegurança. Os veículos passam em alta velocidade, produzem ruídos intensos e afetam nossa visão periférica enquanto caminhamos. 

Mesmo conscientes de que estamos na calçada e os carros na rua, nosso inconsciente registra essa experiência como potencialmente perigosa.

A neuroarquitetura vai além do que percebemos conscientemente. Ela explora os efeitos sutis do ambiente, considerando não apenas preferências pessoais, mas também fatores que escapam à nossa percepção consciente.

Uma cidade que privilegia o transporte de carros traz menos bem-estar para as pessoas?

Sim, quando as pessoas dependem excessivamente do carro para tarefas cotidianas, a conexão com a cidade diminui. A alta velocidade dos automóveis não favorece a interação com o espaço urbano. 

Além disso, a altura dos prédios pode isolar os moradores, impedindo que vejam o que acontece nas ruas e dificultando os encontros sociais. Portanto, uma abordagem mais equilibrada, que promova a mobilidade a pé e a interação comunitária, é essencial para o bem-estar urbano.  

Luz Natural e Bem-Estar

A luz natural regula nosso relógio biológico e estimula a produção de serotonina, associada à felicidade. Além disso, contribui para a síntese de vitamina D, essencial para imunidade e saúde óssea. As cidades devem promover hábitos saudáveis e permitir que sintamos o sol.

Controle do Estresse Crônico

Ambientes urbanos com excesso de barulho e estímulos visuais afetam negativamente nossa saúde cerebral. O pertencimento social e a familiaridade também são cruciais. As cidades devem criar espaços para convívio e equilibrar nosso funcionamento orgânico.

Gostou de aprender mais sobre a neuroarquitetura? Continue acompanhando o blog.